segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Futilidade ou Felicidade?


Algumas pessoas me olham atravessado quando eu digo que tenho um blog de moda, julgando imediatamente que sou uma mulher fútil simplesmente por gostar do assunto.
O que essas pessoas não sabem é que:
1) Eu falo da influência da nossa personalidade na escolha do que usamos e gostamos
2) Eu falo de comportamento
3) Somos influenciados pelo que vestimos e o que vestimos é um resultado do que somos
4) Vaidade e feminilidade demonstram felicidade

No início do ano eu estava sofrendo muito, e não tinha nenhum interesse, vontade ou motivação para me arrumar, ir às compras ou cuidar de mim.
Fiquei 2 meses sem pintar o cabelo ou fazer as unhas. Não variava as muitas roupas que eu tinha, usando como desculpa o fato de as minhas coisas estarem todas embaladas (eu mudei de endereço) e que dava muito trabalho procurar as coisas, então eu usava as coisas que tinha numa única bolsa. Perdi 6 kgs (e pra quem me conhece sabe o quanto isso é significativo, já que eu não tenho muitos kilos rsrs) junto com a fome e o apetite.

Para quem me conhecia, era nítido que todo aquele relaxo era um sintoma de todos os problemas que eles sabiam que eu estava passando, mas até quem não me conhecia sabia que tinha "alguma coisa de errado" comigo. Os meus olhos, a pele e os cabelos não tinham brilho e nem vida.

Eu não tinha deixado de gostar de moda, mas tinha deixado de gostar de mim. Eu não tinha abandonado a moda, eu tinha abandonado a minha feminilidade. E foi quando eu comprei a primeira peça de roupa e gastei R$280 para hidratar, cortar e fazer luzes no cabelo que eu percebi que estava saindo do fundo do poço, não porque eu tinha voltado a me interessar por coisas "fúteis", mas porque eu tinha voltado a fazer planos para o futuro, porque eu tinha voltado a gostar da vida e a gostar de mim.

Autoestima e confiança são fundamentais para se sustentar em cima de um salto alto, assim como para desfilar de short jeans e chinelo, porque é a postura (atitude) que sustenta a roupa, e não o contrário.
Quem não lembra do exemplo da Demi Moore, que eu mesma dei aqui no auge do meu sofrimento (e do dela)? Quem não lembra de ter reconhecido nela uma mulher feia e sofrida dias após o divórcio, ainda que ela aparecesse rindo e usando um vestido Zac Posen na première do filme "Margin Call"?



Nessa segunda foto, onde ela aparece de jeans, descalça e com um casaco nada glamouroso, apesar de não estar sorrindo, ela demonstra muito mais confiança.

Quando superei o meu sofrimento, eu ainda não tinha motivos pra sair rindo por aí, mas a minha feminilidade já tinha sido resgatada, e as pessoas percebiam a diferença. Antes, eu tinha as minhas emoções apagadas, a minha confiança apagada, a minha autoestima apagada, e isso resultava no meu visual apagado. Era como se eu quisesse ser invisível, passar desapercebida pela vida. Aos poucos eu voltei a ser generosa comigo, e fui me acendendo de novo!

Daqui pra frente, sempre vir uma mulher vaidosa, bem arrumada ou cheia de atitude (ou de sacolas), independente de estar ou não na moda, reconheça nela uma mulher feliz. Se não com a vida, ao menos com ela mesma!

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